
O Espírito Santo enfrenta um grave desafio de saúde pública com a confirmação da primeira morte por febre maculosa no estado em 2023. Dionatas Rodrigues da Costa, de 32 anos, residente em Barra de São Francisco, foi a vítima dessa doença, como relatado pela prefeitura e pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta terça-feira (20).
Dionatas vivia no bairro Vila Santa Izabel e, inicialmente, suspeitava-se de meningite como causa de seus sintomas. No entanto, os exames descartaram essa hipótese em 7 de junho, e, posteriormente, em 13 de junho, foi confirmado o diagnóstico de febre maculosa. O homem estava internado no Hospital Estadual Dr. Alceu Melgaço Filho (HDAMF), na própria cidade.
Segundo relatos de familiares à Vigilância Epidemiológica local, Dionatas frequentava locais onde havia a presença de capivaras, que são conhecidas por serem hospedeiras do carrapato-estrela, vetor da bactéria Rickettsia, causadora da febre maculosa brasileira (FMB). Os sintomas dessa doença costumam incluir febre alta, cefaleia, dores musculares intensas, mal-estar generalizado, náuseas, vômitos e dor abdominal.
É importante destacar que o período de maior ocorrência de casos de febre maculosa ocorre entre os meses de agosto e outubro, devido ao surgimento da fase juvenil do carrapato, conforme informações da Sesa.
Até o momento, o Espírito Santo registrou 10 casos confirmados de febre maculosa em 2023, incluindo o trágico óbito em Barra de São Francisco. Os casos confirmados ocorreram em municípios como Afonso Cláudio, Colatina, Mimoso do Sul, Nova Venécia, Laranja da Terra e Domingos Martins, além dos já mencionados em Barra de São Francisco.
No ano de 2022, o estado enfrentou um cenário preocupante com 25 casos confirmados de febre maculosa, resultando em 11 óbitos e 14 casos de cura ao longo do ano.
Diante desse cenário, é crucial que as autoridades de saúde e a população estejam atentas e adotem medidas preventivas adequadas, como evitar áreas infestadas por carrapatos, fazer o uso de repelentes, utilizar roupas adequadas em atividades ao ar livre e realizar inspeções periódicas para detecção e remoção dos parasitas. A conscientização e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para reduzir a incidência dessa doença e preservar vidas no Espírito Santo.











































